A Prefeitura do Rio realizou, nesta sexta-feira (19/5), a formatura da primeira turma do Programa Rio Liderança Feminina, no Palácio da Cidade. Quarenta e seis servidoras concluíram o ciclo e entregaram projetos com propostas de ações afirmativas e/ou políticas públicas nos diferentes eixos trabalhados pelo programa: equidade de gênero, diversidade e inclusão, combate à […]
A Prefeitura do Rio realizou, nesta sexta-feira (19/5), a formatura da primeira turma do Programa Rio Liderança Feminina, no Palácio da Cidade. Quarenta e seis servidoras concluíram o ciclo e entregaram projetos com propostas de ações afirmativas e/ou políticas públicas nos diferentes eixos trabalhados pelo programa: equidade de gênero, diversidade e inclusão, combate à violência contra a mulher, liderança feminina, entre outros.
Promovido pelo Instituto Fundação João Goulart (FJG), o programa Rio Liderança Feminina é pioneiro em administrações públicas municipais e voltado especificamente para as servidoras mulheres.
– Pela primeira vez uma prefeitura, uma entidade pública forma mulheres na qualificação com enfoque na equidade de gênero. Temos o ODS 5, o Objetivo de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que traz recomendações para a agenda da equidade de gênero. Uma agenda focada em mulheres e homens, com ações que não permitem a discriminação contra mulheres, para que elas possam ocupar cargos de liderança, terem melhores salários e oportunidades em ambientes públicos. O programa atua não só na capacidade dessas mulheres atuarem como líderes, mas também na capacidade delas lidarem com aspectos psicológicos, como o estresse por dupla, tripla jornada de trabalho, questões envolvendo a maternidade e outras dedicações das mulheres – afirmou a presidente do FJG, Rafaela Bastos.
Estiveram presentes na cerimônia a secretária municipal de Fazenda e Planejamento, Andrea Senko, a secretária especial de Politicas e Promoção da Mulher, Joyce Trindade, a secretária municipal de Transportes, Maína Celidonio, além das chefias imediatas das alunas, professores colaboradores, as formandas da turma 1 e as aprovadas para a turma 2.
Servidora da Prefeitura do Rio há 27 anos, Danielle Souza integrou o grupo que criou o projeto Núcleo de Atendimento Homem.
– O programa Rio Liderança Feminina foi fundamental para desenvolvermos a autoliderança e sermos melhores gestoras na Prefeitura do Rio. Tenho muito orgulho de ter feito parte da primeira turma. Nós fomos desafiadas a produzir um projeto, então, pegamos o tema de fazer do Rio uma cidade referência na equidade de gênero. O projeto que criamos já existe um similar voltado para as mulheres, mas projetamos um voltado para os homens para poder falar com eles, um lugar seguro para se falar sobre os assuntos. Nós acreditamos que o enfrentamento à violência contra a mulher só vai ser mitigado quando também trouxermos os homens para essa conversa – disse Danielle, que atualmente trabalha na Secretaria Especial de Integração Metropolitana.
Lançado em 8 de março de 2021, o Rio Liderança Feminina é baseado em pesquisas, benchmarking, fundamentação teórica e análise de dados para ser a base de todo o programa. Dentro da proposta indicada está o incentivo ao desenvolvimento de habilidades e ao protagonismo pessoal que fortaleçam e potencializem a atuação das servidoras no contexto governamental. Sempre a partir de dados, capacitações e rodas de conversas aplicadas e projetos de conclusão de curso que apresentam ações/políticas afirmativas com alto potencial para gerar impacto na vida de servidores e cidadãos cariocas, com enfoque na equidade de gênero.
Os projetos serão entregues para a Secretaria Especial de Políticas e Promoção da Mulher a fim de viabilizar as iniciativas no serviço público orientados pela pauta de gênero e, quando necessário, em transversalidade com outras pastas. A secretaria é parceira do FJG no projeto e chancela a pauta de gênero.
O Programa Rio Liderança Feminina foi iniciado por meio de projeto elaborado pelo Grupo Transversal de Trabalho (GTT), composto por servidoras do Programa Líderes Cariocas. Abrindo esse espaço, mais mulheres terão a oportunidade de assumir sua autoliderança e protagonismo pessoal nos locais de atuação, transitando com maior facilidade no desenvolvimento de suas carreiras.