Semana da Mulher: em home office, assistente social superou desafio de trabalhar online com idosos

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Neste domingo (14/03), Sandra Helena Lima Polo completa 61 anos. Como a maioria das brasileiras e dos brasileiros, nos últimos 12 meses, com o início da quarentena, ela teve que se adaptar para dar conta de um novo aprendizado: fazer home office. Assistente social da Secretaria de Envelhecimento Saudável e Qualidade de Vida, essa especialista em geriatra e gerontologia desenvolve trabalhos voltados para os idosos, uma atividade que sempre foi presencial mas, diante da nova realidade, teve que migrar para o mundo virtual.  Sandra, que precisou se reinventar na carreira, é uma das mulheres que fazem a cidade acontecer e uma das sete servidoras homenageadas numa série de reportagens que termina neste domingo.

O celular passou a ser a principal ferramenta de trabalho de Sandra, que começou a pensar em projetos que ajudassem a manter a qualidade de vida dos idosos durante a pandemia:

– A Covid-19 afetou muito os idosos, tivemos que suspender por um tempo as visitas presenciais. Por isso a necessidade de fazer o acompanhamento deles online, por telefone, oferecer videoaulas, encaminhar para serviços de saúde e previdência.

A violência doméstica contra o idoso também foi motivo de preocupação nos últimos meses. Queixas de solidão e a necessidade de eles terem com quem conversar também estiveram em pauta. Pensando nesses temas, Sandra aproveitou para desengavetar um projeto antigo, de oferecer um serviço público de cuidador de idosos.

– Isso depende da questão orçamentária. Mas é um serviço interessante. A população idosa é a que mais cresce. Poder manter essas pessoas sob cuidados, em casa, melhoraria muito a qualidade de vida delas. Atualmente existe o projeto Idoso em Família, que concede benefício para eles terem uma pequena renda, isso também facilita a permanência deles com a família.

Na casa de Sandra, o home office foi um desafio pessoal. Ela precisou se organizar para dar conta das atividades profissionais e das tarefas domésticas, que aumentaram durante a pandemia. Até o começo da quarentena, o pai e uma sobrinha moravam com ela. Mas ele agora tem passado uns tempos em Friburgo e a jovem, que veio estudar no Rio, com a suspensão das aulas presenciais voltou para a família. Sandra agora divide o imóvel com sua gata.

– No começo foi assustador, mas depois veio o aprendizado. Sou uma pessoa que vive bem sozinha. Aproveito minhas noites para ler, assistir a um filme. Meu desejo agora é que as pessoas aprendam mais sobre solidariedade. Acho que muitos ainda não entenderam o significado disso – afirma Sandra, que aos poucos está retomando o trabalho presencial.

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