Dia do Idoso: Garçom do Gabinete do Prefeito já serviu Lady Di e carregou a Tocha Olímpica

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Gyleno dos Santos, o garçom mais antigo da Prefeitura, é um carioca típico. Nasceu na  Tijuca, aos pés do Morro do Salgueiro, sua escola de coração, é apaixonado pelo Flamengo e amante da dança de salão. No Dia do Idoso, ele relembra os momentos mais marcantes em sua trajetória até agora como servidor municipal. Entre eles, receber as medalhas Pedro Ernesto e 450 anos; e carregar a Tocha Olímpica. Mas um dos seus maiores orgulhos foi ter servido a princesa Daiana, em sua visita ao Brasil há 30 anos.

 

– Passamos 15 dias ensaiando as posturas para o serviço, parecia um balé. A Lady Di tinha uma presença marcante, parecia uma boneca. Guardo até hoje como lembrança daquele evento o guardanapo que a princesa usou no jantar – lembra Seu Gyleno, de 84 anos. Ele não conseguiu achar o “troféu”, mas garante que está em sua casa.

 

Em 1982, Seu Gyleno foi convidado por um amigo para ser o garçom do prefeito Jamil Haddad, que tinha acabado de ser eleito, e nunca mais deixou o posto. Está há 39 anos trabalhando na copa do gabinete no 13º do Centro Administrativo São Sebastião (Cass).

 

– Minha mãe era cozinheira e eu, ainda garoto, ficava olhando ela preparar os pratos com muita paixão. Mais tarde, fui convidado para trabalhar em um buffet e não parei mais.

 

O garçom conta que outro momento marcante foi ter carregado a Tocha Olímpica às vésperas dos Jogos Rio 2016. Considera uma honra ter sido escolhido entre milhões de cariocas.

 

– Foi sensacional e muito emocionante. Carreguei a tocha desde a entrada do Morro Santa Marta e, quando entrei no Palácio da Cidade, havia uma fila indiana de funcionários aplaudindo. Ainda tive o prazer de fazer a passagem e acender a tocha que foi carregada pelo meu amigo Idalício – conta Seu Gyleno. O jornalista Idalício de Oliveira, hoje com 93 anos, é o servidor mais antigo da Prefeitura.

 

A dança de salão é uma das grandes paixões do garçom – Arquivo/Prefeitura do Rio

 

Outra paixão é a dança de salão. Mais jovem, costumava frequentar as tradicionais gafieiras cariocas Elite e Estudantina. É um dos fundadores do grupo Nó da dança, que começou com aulas para os funcionários no 15º andar do Centro Administrativo São Sebastião (Cass) e depois passou para o Clube dos Servidores, onde passou a promover bailes quinzenais.

 

– Muitos funcionários da Prefeitura que estavam desanimados e até com depressão passaram a ter outra disposição depois que começaram a dançar com a gente. Não vejo a hora de voltar com as aulas e os bailes no Clube dos Servidores. A dança é o lenitivo da alma, ela faz milagres – filosofa.

 

O garçom tomou a dose de reforço da vacina contra a Covid-19 na semana passada e já combinou seu retorno ao trabalho para novembro.

 

– O trabalho me faz muito bem, acordar cedo, estar com os amigos e dançar. Tudo isso é vida!

 

Sobre o futuro, Seu Gyleno conta ter muitos projetos. O próximo é escrever um livro de memórias. Já começou a reunir as muitas histórias que tem para contar e o título também está definido.

 

– Quero contar detalhes de tudo o que passei nesses anos aqui na Prefeitura. Por enquanto, só tenho o título escolhido: “Segredos na bandeja”.

 

Seu Gyleno ficou bastante emocionado no dia em que carregou a Tocha Olímpica – Arquivo/Prefeitura do Rio

 

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