O jornalista Idalício Manoel de Oliveira Filho tem 93 anos de idade e 44 de dedicação à Prefeitura, sendo admirado pelos companheiros de trabalho por seu profissionalismo. Ele faz parte da equipe de assessores de comunicação do gabinete do prefeito. O servidor conta as principais lembranças de sua carreira nesta data em que se comemora o Dia do Idoso.
Seu Idalício faz questão de enfatizar que já trabalhou em 14 administrações, com dez prefeitos diferentes, contando as reeleições. Ele destaca três momentos marcantes de sua carreira: quando carregou a Tocha Olímpica, por conta dos Jogos Rio 2016; ter recebido a medalha 1º de Março, em 2015, na solenidade de comemoração dos 450 anos da cidade; e o encontro com o Papa Francisco, em 2013.
– Quando acabou a cerimônia, o prefeito Eduardo Paes me apresentou ao Papa Francisco. Eu me ajoelhei, beijei o anel dele e fui abençoado. Foi uma emoção muito grande – conta Seu Idalício, que na ocasião foi o mestre de cerimônia da solenidade no Palácio da Cidade.
Independente, antes da pandemia de Covid-19 Seu Idalício saía diariamente de casa, em Vila Isabel, pegava o ônibus e era sempre um dos primeiros a chegar à redação. Entre as suas funções está a leitura do Diário Oficial para “garimpar” as notícias mais relevantes, que depois sempre viram reportagens não só no próprio site da Prefeitura quanto nos principais veículos de imprensa. Todo o trabalho é feito usando sua inseparável máquina de escrever Remington 100.
Antes de virar servidor municipal, o jornalista passou pelos mais importantes veículos de comunicação, entre eles os jornais Correio da Manhã, Diário de Notícias, Última Hora e O Globo, além da Rádio Roquete Pinto.
– Eu sempre gostei de ler e logo no meu primeiro emprego, no jornal Correio da Manhã, fui contratado como copidesque (revisor de texto). Por ser jovem, eu ficava constrangido de corrigir os textos de jornalistas já consagrados. Pelo jornal passou gente como Paulo Francis, Carlos Heitor Cony e um cronista, então em início de carreira, que assinava os textos como C.D.A (Carlos Drummond de Andrade) – lembra o jornalista.
Seu Idalício ingressou na Prefeitura em 1977, no governo Marcos Tamoyo, o primeiro prefeito da cidade do Rio após a fusão da Guanabara com o antigo Estado do Rio de Janeiro. Em 2019, no dia do Servidor Público (28 de outubro), ele foi homenageado com uma placa que dá o seu nome a uma das salas da Assessoria de Comunicação da Prefeitura.
Quem já trabalhou ao lado do Seu Idalício conhece os famosos bilhetinhos que ele escreve para dar um simples recado ou mesmo fazer um elogio, sempre assinados e datados. Certa vez, para justificar que ainda não tinha começado a ler o Diário Oficial, deixou assim anotado na mesa do companheiro: Bom dia! (Impressora) sem toner, estou tentando imprimir por aí.”
Recentemente, o jornalista tomou a dose de reforço da vacina contra a Covid-19.Em toda sua simplicidade, Seu Idalício diz que não há nenhum grande segredo para a longevidade. Ainda assim, dá um conselho para aqueles que perguntam sobre o tema.
– Fazer o que gosta e caminhar muito. Sou filiado até hoje do Centro Excursionista Brasileiro, andei bastante e fiz muitas trilhas por essa cidade, o que sempre me deu muita disposição – contou Seu Idalício, que conheceu a esposa, já falecida, em uma caminhada à Pedra Bonita.
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