Comandantes de unidades operacionais, guardas municipais e demais gestores da instituição participaram de um encontro muito especial, na manhã desta quarta-feira (14/6), no auditório da sede, em São Cristóvão. Os servidores puderam conhecer mais sobre a história da Guarda Municipal, que teve início no dia 14 de junho de 1831 e foi contada pelo guarda municipal Henrique Frescurato, que integra a equipe de historiadores do Centro Cultural da GM-Rio.
Durante o encontro, os participantes fizeram um passeio pelos 192 anos da criação e das formações históricas da Guarda Municipal desde o período do Império, culminando nos dias atuais, quando houve a recriação da instituição no ano de 1993.
Confira abaixo o texto publicado no Boletim Interno Ostensivo desta terça-feira (13/6), sobre a data histórica:
“A história da Guarda Municipal da Cidade do Rio de Janeiro, a qual começa no período imperial, especificamente no ano de 1831, no momento descrito, com a abdicação de D. Pedro I ao trono no dia 7 de abril, foi inaugurada um período de grave crise política no país, sendo seguida por levantes, motins e revoltas, principalmente militares. As praças da cidade se tornaram palco de inúmeras manifestações contra o governo.
Neste momento conturbado, as tropas formadas pela Guarda Real de Polícia, se insurgiram contra o sistema reivindicando o fim dos castigos físicos contra os militares na Capital, fazendo com que a Regência Provisória no dia 14 de junho de 1831 mediante Decreto Imperial criar o primeiro “Corpo de Guardas Municipais” na Corte, sendo que autorizou que fosse feito o mesmo nas demais províncias. Assim, foi organizado em cada Distrito de Paz um Corpo de Guardas Municipais, estando os mesmos divididos em esquadras.
Contando nossa história estaremos perpetuando a memória de homens e mulheres que construíram a Guarda Municipal do Rio de Janeiro, se dedicando com todas as forças para formar um corpo, que dá cara, voz e forma a essa Instituição tão presente e essencial na vida dos cariocas.
No percurso, descobrimos um herói que deu a vida não só pela cidade, mas por toda a nação, e nesta primeira alusão ao 14 de junho que fazemos em nossa instituição, quero fazer menção especial a ele.
O Guarda Municipal Estevão de Almeida Chaves, morto durante a Batalha da Ilha das Cobras em 1831, em combate contra insurgentes do quartel de artilharia da Marinha. Em homenagem ao seu sacrifício, a Regência inscreveu seu nome no livro destinado a transmitir à posteridade os grandes acontecimentos e perpetuou sua memória como o primeiro Guarda Municipal do país a dar a própria vida em defesa da Lei, da Pátria e da liberdade. Seu funeral foi um dos mais solenes já realizados no Rio de Janeiro.
Contudo, outros heróis também foram conhecidos ao longo dos anos. A história da sua Guarda Municipal será descrita com riqueza de detalhes através desta e de outras ações que tragam a memória e ao conhecimento do que nós somos feitos, de bravos homens e mulheres resilientes e corajosos. Que continuemos juntos buscando o crescimento institucional, a paz e o reconhecimento adequado a instituição que pertencemos, nos levando a servir ainda melhor o cidadão carioca.
A Guarda Municipal do Rio é grande em sua história, pois tem uma missão muito nobre, que é de servir a cidade.”