No Dia Internacional da Mulher, trabalhadoras da SMI falam sobre os desafios de atuar na área da construção civil

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O mundo da construção civil está mudando e sendo renovado a cada dia. No centro dessa transformação estão elas, as mulheres. Foi isso que mostrou a mais recente pesquisa do Ministério do Trabalho sobre o tema. O relatório de 2021 (último ano com dados disponíveis) apontou um crescimento de 10,85% no número de mulheres atuando no setor, na comparação com 2020. Embora ainda sejam minoria nos canteiros de obras e nas posições de liderança das empresas, isso não tem impedido que tomem a frente de iniciativas e rompam barreiras antes consideradas impossíveis de serem vencidas.

Um exemplo é a engenheira civil e servidora da Secretaria Municipal de Infraestrutura, Viviane Araújo. Gerente da Coordenadoria Geral de Obras, ela está na linha de frente da fiscalização de projetos importantes em execução na Zona Norte, como o Parque Piedade, em construção no terreno do antigo campus da Universidade Gama Filho, e o Bairro Maravilha, programa que leva infraestrutura urbana a algumas das localidades mais carentes do Rio.

– Dos fiscais das obras do Parque Piedade, sou a única mulher gerenciando toda a equipe masculina. Lá, são mais de 100 homens sob o meu comando. Então, são dois desafios: entregar uma obra dessa dimensão, dentro do cronograma previsto, e conquistar o respeito dos trabalhadores – afirma Viviane.

Outra mulher que rompe barreiras é a também engenheira civil Thyara Rivero, que atua na Fundação Geo-Rio. Depois de começar como estagiária em 2017, trabalhou como orçamentista, foi fiscal, até chegar ao posto de coordenadora de obras de uma das empresas públicas mais prestigiadas do mundo. Thyara acredita que as gerações mais novas estão mais abertas à diversidade e prontas para a inclusão da mulher no universo da construção:

– Hoje, trabalhando no campo, vejo uma diferença de gerações. A mais nova consegue nos enxergar de forma mais igualitária. Na geração mais antiga ainda existe um certo receio, mas, ainda assim, eles estão dispostos a nos ouvir.

Isabela Arruda faz parte do quadro de engenheiros civis da Empresa Municipal de Urbanização. Seus primeiros passos dentro da Rio-Urbe também foram como estagiária, no setor de administração. Mas, respirar os mesmos ares de engenheiros responsáveis por desenvolver alguns dos projetos mais marcantes e simbólicos para a cidade, como Fábrica de Escolas, Conjunto Maravilha e Nave do Conhecimento, fez com que mudasse de rota e fosse trilhar o caminho da engenharia.

Para Arruda, os tempos de preconceito e exclusão acabaram, dando espaço ao respeito e ao acolhimento:

– Os tempos mudaram. Sinto o respeito de todos os meus colegas no ambiente em que trabalho. Realmente acredito que aquele preconceito de antes ficou no passado. A cabeça das pessoas mudou e está mudando.

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