Semana da Mulher: Arquiteta conta os desafios de coordenar o planejamento de atuação do Centro de Operações

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Responsável por monitorar, diariamente, o funcionamento da cidade do Rio de Janeiro, gerenciando questões como engarrafamentos, acidentes, passeatas, condições meteorológicas (chuvas, enchentes) ou qualquer outro tipo de ocorrência que afete o dia a dia do carioca, o Centro de Operações Rio (COR) precisa estar sempre preparado para uma pronta resposta. E quem faz o planejamento diário do chamado quartel-general da Prefeitura do Rio é Ana Carla Prado, de 51 anos, uma das sete profissionais do Município que terão suas histórias contadas até domingo (13/3) em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado na terça-feira (8/3).

Funcionária da Prefeitura desde 2001, Ana atua como coordenadora de planejamento do COR desde julho do ano passado. Em uma instalação que funciona 24h por dia, nos sete dias da semana, desde o dia 31 de dezembro de 2010, e que nunca parou, a rotina de trabalho é intensa. Tudo para tentar mitigar ao máximo transtornos graves como os ocorridos com a forte chuva do dia 5 de abril de 2010, evento que levou à criação do COR.

 

– Planejamos, analisamos riscos, criamos contingências, pensando sempre no melhor para a cidade. Como sou arquiteta de formação, tenho a veia da criatividade, isso me ajuda muito no trabalho. Toda a minha trajetória me preparou para este cargo, em que preciso ter uma visão macro. O planejamento é um dos principais pilares do COR – disse Ana Carla, que trabalha diretamente com cinco pessoas em seu departamento.

 

O COR conta com mais de 30 órgãos, entre secretarias municipais e estaduais e concessionárias de serviços públicos. Gerenciar estes atores para que todos trabalhem em uníssono a fim de obter o melhor resultado para o cidadão e para a cidade do Rio é um dos trabalhos mais importantes da coordenadora.

 

 

Assim que chega ao COR, Ana Carla vai à sala de controle checar com o coordenador de cidades se houve algum fato diferente do que foi planejado, se algum ajuste será necessário.

 

– O meu dia a dia é muito ligado a essa interface com os órgãos que integram o COR. Temos mais de 30 agências e planejamentos extraordinários são sempre necessários. Temos eventos o tempo todo, desde uma corrida no Aterro do Flamengo até eventos de maior porte como o Rock in Rio. É bom que  contamos com uma ótima equipe, que faz você se sentir confortável para trabalhar.

 

Um dos maiores desafios de planejamento do COR é o de lidar com as chuvas que constantemente atingem a cidade. De acordo com a coordenadora, o período de outubro a abril, ou seja, um pouco antes do Verão e um pouco depois, é o mais complicado do ponto de vista meteorológico.

 

– Procuramos sempre preparar a cidade para o período chuvoso. Todo ano, nós reunimos os órgãos, compilamos dados e elaboramos um plano para saber se a cidade está ou não preparada. Dependendo do resultado, propomos iniciativas para zerar ou mitigar os riscos. Quando passa essa temporada, fazemos a entrega do pós-chuva, consolidando tudo o que aconteceu, reunindo as lições aprendidas, pois isso vira conteúdo para o ano seguinte.

 

Outro grande desafio é o de fazer com que o cidadão entenda os riscos que estão envolvidos no seu dia a dia. Segundo Ana Carla, esse entendimento é algo corriqueiro para os funcionários do COR, mas não para o morador da cidade do Rio.

 

– A população precisa entender o que é risco, saber o que significam os Estágios Operacionais da Cidade (Normalidade, Mobilização, Atenção, Alerta e Crise). O cidadão tem de estar consciente do que a gente precisa que ele faça numa situação de risco. Temos de incutir a cultura da prevenção nas pessoas.

 

E para ajudar ainda mais no combate aos problemas no Rio, Ana Carla está envolvida atualmente num outro importante trabalho: o processo de expansão do COR. O atual prédio ganhará uma ampliação em mais de 1.500 metros quadrados, com uma série de novas tecnologias. A cidade passará a contar com mais 10 mil câmeras.

 

– É um COR 2.0. Vamos poder enxergar ainda melhor a cidade, entender os problemas. Nossa visão do que está acontecendo vai ser muito mais plena e teremos uma capacidade de resposta bem melhor.

 

 

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