Esta notícia é para quem está com muita saudade do Clube do Servidor! Agora, todas as notícias sobre o seu clube favorito e a grade de atividades esportivas você encontra a um clique, de onde estiver. Basta acessar a página do Clube Virtual do Servidor Municipal, disponível no site do Previ-Rio. Neste canal, o servidor […]
Era a primeira sexta-feira de abril. Naquela data, os sintomas apontavam apenas para um resfriado. Mas a dor no corpo e a febre que ia e voltava passaram a ser acompanhadas de um pouco de falta de ar. Com o estado de saúde debilitado, Jamilson Alfredo dos Santos, de 57 anos, que já estava com […]
Ele começou a narrar jogos de botão e corridas de tampinha de garrafa na infância. Na época, o menino, aos 8 anos de idade, era tímido demais para encarar uma plateia. Só arriscava as locuções quando estava sozinho. E foi assim, a sós, que essa paixão pela narração de eventos esportivos cresceu e virou ofício. […]
Ele começou a narrar jogos de botão e corridas de tampinha de garrafa na infância. Na época, o menino, aos 8 anos de idade, era tímido demais para encarar uma plateia. Só arriscava as locuções quando estava sozinho. E foi assim, a sós, que essa paixão pela narração de eventos esportivos cresceu e virou ofício. O talento de Jonathan Machado, a essa altura, também já não cabia em tabuleiros. Bastou ele soltar a voz para se tornar um eclético locutor de várias modalidades de esporte.
Há oito anos, Jonathan trabalha como assistente da Coordenadoria de Educação para o Trânsito, na CET-RIO. Segundo o servidor, conciliar as duas atividades profissionais não é tão difícil, já que ocorrem em turnos e dias diferentes, embora a missão seja cansativa.
“Como os eventos esportivos, em sua maioria, acontecem à noite ou em fins de semana, não tenho muita dificuldade pois não afetam meu trabalho na CET-RIO. A locução é uma paixão! Ela faz com que me sinta realizado. Quando começo a narrar, esqueço o mundo e qualquer problema. Não considero a locução um trabalho e sim um grande prazer”, afirma.
O narrador, de 32 anos, explica que um dos principais desafios da profissão de locutor é a necessidade de improvisação durante um evento. As partidas de tênis, por exemplo, não tem hora certa para acabar.
“Têm momentos em que acontecem imprevistos, como questões climáticas ou de energia, e temos que segurar uma transmissão por muito tempo no ar sem nada estar acontecendo. Às vezes, perdemos contato com nossos repórteres ou comentaristas e precisamos nos virar, sozinhos, para ter conteúdo”.
Outro desafio importante para os narradores esportivos é manter sempre a voz saudável. Nada de líquidos muito gelados principalmente na véspera de uma transmissão. O aquecimento vocal, cinco minutos antes de entrar numa partida, ao vivo, também é indispensável.
“O Conselho básico para quem quer ser locutor é praticar bastante. Só a prática faz com que você tenha condições de aprimoramento. Também é importante procurar cursos especializados na área e, claro, estar antenado a tudo que é do esporte”.
Durante a pandemia de Covid-19, muitos eventos foram suspensos no primeiro semestre. Assim como o trabalho presencial na Coordenadoria de Educação, que passou a ser realizado no esquema home office. E graças à tecnologia que não deixou o servidor inativo, algumas competições que já retornaram dentro do novo normal, também estão sendo feitas sem risco, diretamente de casa. A última narração foi dia 17 de setembro, na partida entre Flamengo e Independiente del Valle, pela Copa Libertadores da América.
“Uma experiência única e muita intensa a narração em TV”, destaca.
Jonathan, tão acostumado a uma rotina de adrenalina e velocidade, tira o pé do acelerador ao relacionar a doença à profissão de narrador esportivo. Para o jovem servidor, enquanto não houver uma vacina para combater esse temido adversário, o coronavírus, o futuro será de muitas incertezas longe do público, dos estádios e autódromos.
“Está sendo tenso. Essa geração da humanidade jamais passou por algo parecido na história”, finaliza.