Fazer parte do time da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) parece ser uma missão na vida de Tatiana Fonseca (na foto à direita). Servidora há 17 anos, sempre ligada à pasta, ela se mostra incansável em uma de suas funções, que é a mobilização de lideranças comunitárias. E se orgulha por ser uma […]
Fazer parte do time da Secretaria Municipal de Assistência Social (SMAS) parece ser uma missão na vida de Tatiana Fonseca (na foto à direita). Servidora há 17 anos, sempre ligada à pasta, ela se mostra incansável em uma de suas funções, que é a mobilização de lideranças comunitárias. E se orgulha por ser uma espécie de ponte para que os líderes alcancem oportunidades e possam desempenhar ainda melhor o trabalho com a sua comunidade.
– Meu papel é reunir essas lideranças em torno das oportunidades. Trabalhamos a ideia de rede local, temos um grupo no WhatsApp onde essas pessoas ficam sabendo dos projetos sociais, das possibilidades. Além de termos encontros online e presencial, com distanciamento, que foram retomados agora – afirma Tatiana, de 42 anos, assistente social e coordenadora da 9ª Coordenadoria de Assistência Social (Cas), em Campo Grande.
E foi justamente em um desses encontros que Tatiana viu seu caminho cruzar com o de Rosélia Miguez, pedagoga de 49 anos, que participava pela primeira vez das conversas do Resenha contra a Covid-19, o projeto da SMAS que treina líderes comunitários para atuarem como porta-vozes da prevenção à doença junto às populações de favelas e periferias.
– Estava no lugar certo na hora certa. Fui representando o Conselho Comunitário de Segurança da área do 40º Batalhão, do qual sou vice-presidente, a ONG RBS e o Instituto Tereza Tosta, onde atuo como pedagoga. No fim da reunião, a Tatiana me colocou no grupo de WhatsApp e, dias depois, divulgou um treinamento de crise ministrado por uma universidade americana. Fiz a inscrição de forma despretensiosa e fiquei chocada ao ser selecionada – conta Rosélia.
O curso é o “Implementando Treinamentos de Psicoeducação Baseados na Web para Líderes Comunitários no Quênia e no Brasil em resposta ao Covid-19”, e está sendo ministrado por uma equipe da Columbia School of Social Work, em Nova Iorque, e dos Centros Globais da Columbia em Nairóbi e Rio de Janeiro. Foram selecionadas 40 lideranças comunitárias, 20 quenianas e 20 brasileiras, como Rosélia. Até dia 5 de abril, a pedagoga terá acesso a este treinamento, possibilitando a ela a troca de experiências de realidades tão diferentes.
– A capacitação está me ensinado novas ferramentas não só para lidar com a comunidade, com o problema de cada um, como também ser mais ouvinte do que falante. O bom é que vou poder empregar os novos ensinamentos nos locais onde trabalho. Conhecimento é uma bênção – diz, animada, que agradece o dia que esteve na reunião comandada por Tatiana, e ainda conta que esta é mais uma oportunidade que recebe da Prefeitura do Rio.
– É a segunda vez que a Prefeitura me dá oportunidades maravilhosas. Na última gestão do Eduardo Paes, trabalhei como monitora pedagógica na Nave do Conhecimento, de Santa Cruz. E, agora, com a Secretaria de Assistência Social, que me deu a possibilidade de vivenciar essa experiência com o curso. Tenho que agradecer a Prefeitura duas vezes – afirma Rosélia.
Orgulhosa de seu trabalho, Tatiana se sente realizada com desfechos como o da pedagoga:
– Hoje o papel do serviço público é justamente oportunizar esse protagonismo comunitário. Talvez Rosélia não soubesse dessa oportunidade, jamais tivesse acesso a esse conhecimento se não fosse o trabalho da gente de aproximar essas lideranças das possibilidades. Fico muito feliz quando conseguimos proporcionar algo assim. A ideia é que além dela investir o conhecimento adquirido no curso nas instituições em que trabalha, ela possa replicar para outros líderes comunitários.